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MENTE FECHADA E BOCA ABERTA — ASSIM PODEMOS TRANSCREVER A ELEIÇÃO DA CÂMARA DE UNAÍ

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MENTE FECHADA E BOCA ABERTA — ASSIM PODEMOS TRANSCREVER A ELEIÇÃO DA CÂMARA DE UNAÍ

 

Se por muitos anos as eleições da Câmara lembravam o cálculo silencioso de um mestre de xadrez, desta vez tivemos jogadores que preferiram rugir mais alto do que pensar. Como diria Albert Camus, “o erro consiste em crer que a política é apenas o domínio da razão”; e, de fato, houve quem deixasse a razão no bolso e levasse só o gogó para a partida.

 

Sempre existe aquela mão inesperada que aparece no jogo — uma mão mágica, ao melhor estilo Thing, a famosa Mãozinha da família Addams reimaginada na série Wandinha (Wednesday). Mas, diferentemente do toque estratégico que ela costuma dar, nesta eleição o que faltou foi justamente isso: estratégia.

 

As manobras que, em outros tempos, deixavam a disputa pela Presidência da Câmara mais eletrizante que romance de Graciliano Ramos, simplesmente não apareceram. Em vez disso, assistimos a uma direita que se dividiu em discussões inflamadas, sustentadas pelo argumento de que “o PL não pode ter três na mesma chapa porque a chapa tem que ter proporção”.

Pois bem: que proporção foi essa?

Porque, na hora do voto, o protesto veio justamente contra o candidato de um partido que é único, justamente aquele que garantiria a tal variedade proporcional que tanto se pregou.

 

O que se viu foi discurso tinindo, vozes grandiloquentes se proclamando defensores, salvadores, estrategistas… mas, como lembra Sun Tzu, “tática sem estratégia é o ruído antes da derrota”. E houve muito ruído. Jogadores querendo parecer mestres diante do tabuleiro político, quando na verdade demostraram pouca leitura de jogo — e nenhuma vontade de usar o cérebro onde ele mais é necessário.

 

Falar bonito até ajuda, mas não vence rodada. No fim, quem permaneceu de mente fechada e boca aberta acabou engolindo a mosca. E, com ou sem ajuda da Mãozinha, eis o resultado final, agora sem truques de bastidor.

 

Câmara Municipal de Unaí define Mesa Diretora para 2026

 

Nesta segunda-feira, logo após a reunião ordinária, foi realizada a eleição que definiu os vereadores que irão compor a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Unaí no ano de 2026.

 

A disputa contou inicialmente com uma chapa incompleta do PL:

 

Presidente: Carlinhos

 

Vice: Felipe

 

1ª Secretária: Ivanilza

(Ficando vaga a posição de 2º Secretário)

 

Além disso, surgiram diversas candidaturas avulsas, formando um cenário fragmentado:

 

Candidaturas avulsas registradas:

 

Segundo Secretário: Nazareno

 

Presidente: Dorinha

 

Presidente: Serginho

 

Vice-presidente: João Alfredo

 

Vice-presidente: Eugênio

 

Primeiro Secretário: Lucas

 

Primeira Secretária: Aninha

 

Durante o processo, vários desses candidatos retiraram seus nomes da disputa: Dorinha, Eugênio, Aninha e, por fim, Serginho — este último nem chegou a estar presente no momento da votação.

 

Resultado final — Mesa Diretora 2026

 

Presidente: Carlos Lysias (PL)

 

Vice-presidente: Felipe Macedo (PL)

 

Primeira secretária: Professora Ivanilza Borges (PL)

 

Segundo secretário: Nazareno Paulino (PRD)

 

Carlos Lysias retorna à Presidência, cargo que já exerceu em outros mandatos. Felipe Macedo e Ivanilza Borges também consolidam espaço, repetindo presença na mesa em seu segundo ano como legisladores.

 

Com a nova Mesa Diretora definida, a Câmara se organiza para iniciar os trabalhos do ano legislativo de 2026 com estrutura oficializada e rumos ajustados.