DIVISÃO DE VOTOS PODE DEIXAR O NOROESTE SEM VOZ EM 2026
Enquete do Portal Iluminar revela cenário preocupante: divisão entre pré-candidatos pode deixar o Noroeste mineiro sem representantes em 2026.
Pulverização de nomes mostra disputa acirrada, mas também alerta para a possibilidade de enfraquecimento político da região.
Uma nova enquete divulgada pelo Portal Iluminar nesta semana revelou mais do que um cenário competitivo entre os pré-candidatos a deputado estadual e federal em Unaí: os dados apontam para um problema estrutural grave. A multiplicidade de nomes e o empate técnico generalizado podem comprometer a representatividade do Noroeste mineiro, que corre sério risco de sair das eleições de 2026 sem nenhum deputado eleito.
Atualmente, a região ainda conta com uma deputada estadual, mesmo que de forma tímida. Porém, se o cenário fragmentado da enquete se confirmar nas urnas, o Noroeste pode voltar a um passado sem nenhuma voz ativa no Legislativo estadual ou federal — enfraquecendo sua capacidade de articulação política, captação de recursos e defesa de pautas regionais.
Deputado Estadual: divisão que preocupa
Na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o pré-candidato Rafhael de Paulo aparece com 21,5% das intenções de voto. Logo em seguida, empatados tecnicamente, vêm:
- Marli Ribeiro e Célio do Columbia, com 19,7%;
- Lucas “Unaí Denúncia” e a opção “Outro”, ambos com 19,5%.
O que parece um equilíbrio democrático, na prática, escancara o risco de não eleger ninguém, caso os votos da região se pulverizem entre muitos nomes. Sem união política regional, a chance de vitória se dilui, beneficiando candidatos de outras partes do estado.
Deputado Federal: empate absoluto e sinal de alerta
No campo federal, o quadro é ainda mais preocupante. Glaydson Rodrigues e Igor Santos aparecem empatados com 20,6% cada, enquanto Andréa Machado, Chicão Cíncero e a opção “Outro” seguem colados, com 19,6%.
Isso mostra que nenhum nome conseguiu se consolidar, e que o eleitorado está dividido em partes quase iguais — uma situação ideal para que candidatos de fora da região se aproveitem da falta de articulação local.
Análise: o Noroeste caminha para retroceder politicamente
O que está em jogo não é apenas quem será eleito, mas se alguém da região será eleito. E isso não depende apenas de intenções de voto momentâneas, mas de estratégia política e articulação coletiva.
A percepção de que essa pulverização de nomes tem como pano de fundo interesses futuros — como articulações para a eleição municipal de 2028 — preocupa. Estar sem representante em 2026 por causa de disputas locais antecipadas para cargos que nem estão em jogo agora é um erro estratégico grave.
O Noroeste já viveu anos de apagamento político, e agora, mesmo com uma representação tímida, há pelo menos uma voz na Assembleia. O que a enquete do Portal Iluminar mostra é que a região está no caminho de perder até isso, caso os líderes políticos não se unam em torno de nomes com reais chances de vitória.
Conclusão: hora de repensar antes que seja tarde
É urgente que os atores políticos da região deixem de lado interesses pessoais ou partidários momentâneos e reflitam sobre o impacto coletivo da falta de representatividade. Uma eleição estadual ou federal mal articulada reflete diretamente nos recursos, projetos e na visibilidade da região pelos próximos quatro anos.
O Portal Iluminar continuará monitorando o cenário e trazendo informações que ajudem o eleitor a fazer escolhas conscientes — e que preservem o futuro político do Noroeste mineiro.